Fórum debaterá enfrentando à Violência Obstétrica, Redução da Mortalidade Materna-Neonatal e Responsabilidade Jurídico Social

4 de março de 2020 às 11:29h

A realização dos Fóruns Regionais de Enfrentamento à Violência Obstétrica, Redução da Mortalidade Materna-Neonatal e Responsabilidade Jurídico Social no Piauí foi o tema da reunião realizada nesta terça-feira (03), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí. O projeto, que tem como objetivo traçar formas de enfrentamento à violência obstétrica e auxiliar na redução da mortalidade materna-neonatal e debater sobre responsabilidade jurídica-social no Piauí, conta com o apoio da CAAPI e da Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres do Estado do Piauí.

De acordo com a Presidente da Comissão da Mulher Advogada, Dalva Fernandes, dentre as violências nas quais as mulheres são vítimas em seu cotidiano, a Violência Obstétrica é uma das mais urgentes a ser combatida, seja pela falta de informação da população ou pela falta de capacitação humanizada dos profissionais da saúde e do direito. “Esse tipo de violência produz lesões do psicológico ao físico, atingindo mulheres atendidas tanto em hospitais públicos como em privados que, por vezes, se estende aos seus bebês”, explica

Sobre a mortalidade materna, a Presidente da Comissão de Apoio à Vítima de Violência, Alba Valéria, esclarece que o Piauí tem uma das três maiores taxas de mortalidade materna do país. “Pacientes e médicos culpam a falta de estrutura e recursos para a saúde, já que 92% dos casos poderiam ser evitados. Enquanto a média nacional em 2016 ficou 64 óbitos, no Piauí, a média foi de 108. No ano de 2014, a média foi de 86, número superior a estabelecida pela Organização Mundial da Saúde, que é de 20 óbitos, o que nos fez ter certeza da necessidade de um debate mais complexo e especializado com outros Conselhos de Classe, com o Poder Judiciário, Defensoria e Ministério Público”, afirma.

Para o Presidente da OAB Piauí, Celso Barros Coelho Neto, “esta é uma ação que levará informações de relevância não só para os advogados e advogadas, mas para toda a população da capital e do interior do Piauí que, muitas vezes, desconhece os seus direitos nesta área. Gostaria de ressaltar ainda a atuação das Comissões de Apoio à Vítima de Violência e da Mulher Advogada, que têm realizado inúmeras ações com a finalidade de atuar na defesa, proteção, acolhimento e atendimento às mulheres vítimas de violência”.

A reunião contou ainda com a participação da membro da CAVV, Helflida Esperança.

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