#Coronavírus: Confira dicas para pessoas físicas e jurídicas para enfrentar atual momento de crise

24 de março de 2020 às 12:42h

A adoção das medidas preventivas é uma forma diminuir a propagação da Covid-19. Confira a seguir as recomendações do professor e advogado especialista em Finanças, Antônio Cláudio da Silva, que possui mais de 30 anos de experiência na área.

Para as pessoas físicas, o advogado recomenda que se evite efetuar pagamento em dinheiro, dando preferência ao cartão de crédito, além de fazer a adesão aos prazos de prorrogação das parcelas dos empréstimos nos bancos e gastar o que for estritamente necessário nos próximos 12 meses.

“É preciso dizer ainda que os recursos que sobrarem pelo não pagamento de algumas contas que foram prorrogadas devem ser guardados para as dificuldades que virão no futuro. Temos que ter a consciência da gravidade da situação, disciplina, persistência e paciência que gradativamente a economia voltará à normalidade”, afirma.

Para as empresas, o especialista sugere que as recomendações sejam rigorosamente seguidas. “Preserve o seu Caixa a qualquer custo. Uma empresa sobrevive sem lucro, mas não vive sem caixa. Durante e, principalmente, depois da epidemia poderemos ter uma grave crise de liquidez. Trabalhe arduamente para reduzir custos e despesa, pois o momento é de sobrevivência. É importante frisar que o empresário não deve fazer novos ou dar continuidade em investimentos, já que o consumo irá retrair e o faturamento despencará”, explica.

Antônio Cláudio recomenda ainda aos empresários para gerenciar com rigor seu fluxo de Caixa e que os ajustes de pagamentos devem ser feitos só após os recebimentos, pois o capital de giro será escasso e caro. “Se for necessário escolher quem pagar, preserve seus fornecedores e empregados. Eles são os principais vetores do faturamento”, disse.

Ao final da pandemia, a fatura de cartão de débito e crédito só deve ser antecipada no caso de pagamento de fornecedores e empregados, já que as taxas estarão muito altas. As faturas de cartão devem ser antecipadas para fazer caixa, levando em conta que as taxas ainda estão baixas.

O professor orienta que “se o governo abrir novas linhas de crédito com taxas abaixo de 1% ao mês, com prazos acima de 48 meses e carência de, no mínimo, seis meses e se isso não exigir garantia real, o empresário deve pegar o mais breve possível. O momento exigirá disponibilidade de caixa e um prazo longo para pagar”, afirma.

Este é o momento ainda de negociar com os colaboradores para evitar as férias, as demissões, promoções e evitar qualquer iniciativa que provoque saída de caixa. Caso não se tenha empregados e, sim, parceiros, a dica é negociar uma redução de 30% nos contratos.

“Outra sugestão é criar estratégias alternativas de vendas. Não descarte nada. O proposito é faturar o máximo possível. Sempre digo para os colegas que devemos ter um pé no presente e outro no futuro. O passado é referência para o presente e para o futuro, por isso, devemos usar esta calamidade para aprender ou aperfeiçoar o seu planejamento. No caso das pessoas, Quem seguir estas dicas e se preparar antecipadamente garantirá a manutenção da sua qualidade de vida. E, no caso das empresas, estes são os instrumentos de gestão adequados para navegar com maior segurança em mercados revoltos”, garante.

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