OAB-PI

OAB Piauí participa de implementação de política pública de Justiça Restaurativa na Penitenciária Feminina de Teresina

OAB Piauí participa de implementação de política pública de Justiça Restaurativa na Penitenciária Feminina de Teresina

29 de junho de 2022

A vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, e a presidente da Comissão de Justiça Restaurativa e Direito Sistêmico, Gillianne Almeida, participaram nesta quarta-feira (29/06) da solenidade da implementação da política pública de Justiça Restaurativa no Sistema Penitenciário do Estado.

O evento foi promovido pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), em parceria com o Poder Executivo do Estado e demais entidades do sistema jurídico. A vice-presidente e coordenadora das Comissões Temáticas da Seccional OAB Piauí, Daniela Freitas, compôs a mesa de honra e ressaltou o papel da instituição no apoio às políticas públicas que beneficiam à sociedade.

Daniela Freitas destacou que o mecanismo possibilita que a Lei de Execuções Penais possa efetivamente ser cumprida no propósito de reinserção de todos àqueles que estão recolhidos no sistema prisional “A OAB está presente nesse contexto, acompanhando a sistemática e apoiando os projetos que objetivam efetivar ações de inserção na sociedade desse público que, por algum motivo, está recluso”, disse.

A presidente Comissão de Justiça Restaurativa e Direito Sistêmico, Gillianne Almeida, afirmou que o objetivo de todas as práticas restaurativas é a satisfação dos envolvidos para que os serviços sejam implementados em prol da sociedade por meio das ações conjuntas das instituições.

“Que bom que o Tribunal de Justiça, através do Núcleo de Justiça Restaurativa do Piauí, e a OAB PI, junto com a Comissão de Justiça Restaurativa e Direito Sistêmico, estejam alinhadas e capacitadas para incentivar e buscar a cultura da paz e fomentar esse entendimento para evitar o excesso de judicialização, por meio de atividades de reeducação e ressocialização”, observou.

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Ribamar Oliveira, destacou que a justiça restaurativa visa, sobretudo, reparar os danos e trazer ao ofensor a responsabilização pelos seus atos.

“As internas da Penitenciária Feminina passam a contar, a partir de hoje, com uma metodologia específica de solução de conflitos que prima pela criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores, com iniciativas cada vez mais diversificadas e que colecionam resultados positivos. O que esperamos, com a implantação da Justiça Restaurativa no sistema prisional, é a conscientização dos internos para a necessidade de se responsabilizar pelos danos causados, para além do cumprimento da pena, não reincidindo em atos ilegais”, ressalta o presidente do Tribunal de Justiça.

COMO FUNCIONA?

O programa Justiça Restaurativa para a Liberdade é executado pelo Comitê de Gestão Institucional da Política de Justiça Restaurativa e pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça do Piauí e tem como parceiros a Secretaria de Justiça do Piauí-SEJUS, o Conselho Nacional de Justiça e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento-CNJ/PNUD, a Secretaria Estadual de Assistência Social e Cidadania-SASC, o Conselho da Comunidade, a Pastoral Carcerária, a Comissão de Direito Sistêmico e Justiça Restaurativa da OAB/PI e a Coordenadoria da Defensoria no sistema penitenciário.

No âmbito do Judiciário piauiense, a Justiça Restaurativa é aplicada segundo a Resolução nº 225/2016 – CNJ, que regula a elegibilidade e a oferta das práticas restaurativas, bem como de acordo com a Política Estadual de Justiça Restaurativa, instituída pelo Provimento do TJPI nº 02/2021.