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Ação em alusão ao Julho das Pretas oferecida pela OAB-PI têm impacto direto na autoestima e valorização de advogadas negras

Ação em alusão ao Julho das Pretas oferecida pela OAB-PI têm impacto direto na autoestima e valorização de advogadas negras

19 de agosto de 2025

No dia 24 de julho de 2025, mês que se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí (OAB-PI), proporcionou um ensaio fotográfico com advogadas negras, reforçando a importância do protagonismo dessas figuras tão essenciais para a advocacia, não só do estado, mas de todo o país.

A sessão de fotos foi a primeira ação da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil (CVEN) e resultou de uma proposta apresentada à Comissão de Direitos Difusos e coletivos, que, em parceria com outros comitês, organizou uma semana de atividades referente ao Julho das Pretas.

Fortalecimento de mulheres negras

Com o objetivo de valorizar as advogadas negras, atuando na autoestima e garantindo um espaço respeitoso e acolhedor, as fotos foram feitas pelas lentes da fotógrafa Luana Santana.
“A estética é um dos pilares do racismo. Reconhecer e valorizar a beleza negra não é um gesto meramente simbólico, mas um ato político que confronta as hierarquias raciais que sustentam a exclusão e a desumanização de corpos negros, em especial de mulheres negras” afirma a presidenta da CVEN da OAB-PI, Andréia Marreiro.
“É a primeira vez que estou tendo a oportunidade de tirar fotos profissionais. Estou muito feliz pela iniciativa que a Comissão teve e estou muito realizada, pois nunca fui tão bem recebida dentro da OAB, principalmente quanto ao ensaio fotográfico” relata a jovem advogada Rawena Leite
Do total de vinte mulheres que participaram do ensaio, doze delas responderam a um questionário de avaliação da iniciativa. Dessas, 100% disseram que se sentiram representadas e valorizadas enquanto mulheres negras e advogadas neste ensaio. Tais resultados reforçam o compromisso da Seccional com o reconhecimento e acolhimento independente da cor ou classe social.
Para a coordenadora da ação, Luana Magalhães, receber esse retorno foi impactante. O racismo mina a autoestima, e isso repercute na vida pessoal e profissional. Por isso, considera que foi uma experiência marcante ver as advogadas tendo sua beleza valorizada, sua atuação profissional impulsionada, trocando vivências, dicas de cuidado com o cabelo e compartilhando sonhos.