Evento discute importância do parto humanizado

  Data e Hora: 15/12/2018 13:12:20

O auditório da Escola Superior de Advocacia do Piauí (ESA-Piauí), localizado no prédio anexo da OAB-PI, recebeu diversos profissionais para o Módulo 3 do Projeto “Trabalhando com Vítimas de Violência: Assistência, Proteção e Acolhimento”, da Comissão de Apoio à Vítima de Violência (CAVV). Nesta oportunidade, o tema debatido foi a “Assistência na gestação e parto baseada em evidências científicas vencendo a violência obstétrica”. O evento teve início da manhã deste sábado (15) com encerramento na tarde deste domingo (16).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país com maior percentual de partos realizados por cesárea do mundo (55,6%). Conforme dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a situação é ainda mais dramática no âmbito da medicina privada: 85,5% dos partos são realizados por cesárea no sistema de saúde suplementar, quando o ideal para o Brasil seria uma taxa entre 25% e 30%, conforme orientação da OMS.

Diante do alto índice de cesáreas no país e dos seus prejuízos para a saúde da mãe e do bebê, diversas iniciativas têm surgido para incentivar a realização de partos normais, humanização da assistência ao parto e combate à violência obstétrica.

Segundo a advogada Helflida Rocha, integrante da Comissão de Apoio à Vítima de Violência, deve ser fortalecido o parto humanizado, que consiste em práticas multidisciplinares, sendo fundamental também a presença do advogado. “O direito ao parto humanizado, respeitoso, saudável e seguro é garantido por lei para a mulher e para o bebê. O advogado é essencial para orientar a mulher sobre os seus direitos como o pré-natal, tanto na rede pública como privada, podendo ela recorrer à Justiça caso se sinta violada”, pontuou.

O parto humanizado possui três frentes: o respeito ao paciente, autonomia da mulher e medicina baseada em evidências. De acordo com a enfermeira Lauryanna Queiroz, o parto humanizado nada mais é do que a mulher como protagonista do seu próprio parto, quando ela tem apoio para realizar algum dos procedimentos, ciente de seus riscos. “Ela precisa estar confiante, empoderada sabendo cada passo que será feito. Isso resultará num parto seguro e feliz”, disse.

O curso de aperfeiçoamento tem carga horária de 18 horas/aula e teve como público-alvo os profissionais de assistência e proteção à mulher durante a gestação, parto e puerpério; enfermeiros, médicos, assistentes sociais, psicólogos, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, doulas, consultoras de aleitamento materno, funcionários de maternidades, de hospitais e postinhos de saúde, advogados, estudantes e demais interessados.

Por: Pedro Vitor Melo

Assessoria de Comunicação da OAB-PI

 

 

 


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