Evento aborda violência obstétrica e direitos humanos

  Data e Hora: 21/11/2017 19:11:10

Com foco no alerta aos casos de violência obstétrica, aos altos índices de partos do tipo cesariana e desrespeito aos direitos humanos, sexuais e reprodutivos da mulher, as Comissões de Apoio à Vítima de Violência e da Mulher Advogada da OAB-PI promoveram na tarde desta terça-feira (21) o “Atelier Saúde da Mulher: Violência Obstétrica, Direitos Humanos, Direitos Sexuais e Reprodutivos”. O evento contou ainda com o apoio do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-PI).

A presidente da Comissão da Mulher Advogada, Eduarda Mourão, abriu o evento e destacou a importância de abordar o tema, para garantir que o direito das mulheres seja efetivado. A advogada parabenizou a iniciativa pioneira da Comissão de Apoio à Vítima de Violência em favor do direito, da vida e da dignidade da mulher.

A violência obstétrica contribui para a manutenção dos altos índices de mortalidade materna e neonatal no Piauí́ e no Brasil. Por ano, no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registra o índice de 55% de cesarianas entre os partos realizados. O número alto, frente aos 15% recomendados pela Organização, acompanha também os casos de violência obstétrica relatados por mulheres que têm o direito ao atendimento humano, integral e de qualidade desrespeitado.

Negar o direito ao acompanhante, não dar informações claras sobre o estado de saúde da mulher para a família, deixar a mulher sozinha, não oferecer opções para o alívio da dor, realizar exames de toque repetidamente, fazer piadas com paciente são manifestações da violência obstétrica. Ela pode ocorrer de forma verbal, física, psicológica e sexual.

Para a presidente da Comissão de Apoio à Vítima de Violência, Alba Vilanova, falar de violência obstétrica, de direitos humanos, de direitos sexuais e reprodutivos é necessário, e é importante que o tema faça parte dos debates. “A gente precisa esclarecer que violência obstétrica não é erro médico para que a gente possa contribuir para erradicação dessa situação, que infelizmente vivemos no Brasil, no nordeste e também no Piauí”, completou.


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