Colóquio debate posvenção ao suicídio na OAB-PI

Psicólogos, advogados, estudantes e pessoas enlutadas participaram na noite dessa sexta-feira (17) do II Colóquio Piauiense de Posvenção ao Suicídio, promovido pela Comissão de Promoção da Cidadania (CPC) da OAB-PI, através do Núcleo de Prevenção ao Suicídio, do Conselho Regional de Psicologia do Piauí (CRP-21) e do Centro Débora Mesquita (CDM).

Durante a abertura, o presidente da OAB-PI, Chico Lucas, ressaltou a importante do debate sobre o tema para reduzir os índices alarmantes em todo o Estado, notadamente em Teresina. “É importante que discussões como essa sejam cada vez mais frequentes para que possamos enfrentar esse problema de saúde pública”, disse.

A coordenadora do Núcleo de Prevenção ao Suicídio da OAB-PI, Sabrina Araújo, frisou que desde o ano passado a Instituição tem desenvolvido esse trabalho com o intuito de discutir a temática do suicídio. “É uma tentativa da Ordem, como Casa da Cidadania, de discutir esse tema e de contribuir para que esses números tão alarmantes diminuam”, completou.

A abertura contou ainda com as presenças do psicólogo clínico Carlos Henrique Aragão, especialista em tanatologia, que chamou a atenção para os cuidados que devemos ter com os enlutados por suicídio; e da professora e idealizadora do evento, Leidinalva Evangelista, que há um ano e seis meses perdeu sua filha por suicídio e que resolveu usar sua dor para tentar mudar a forma com que a sociedade vê e lida com isso, a fim de evitar que mais pessoas cometam o mesmo ato; a fundadora do CDM, Késia Mesquita, que reforçou a necessidade de o enlutado buscar ajuda para suportar a dor.

“No intuito de levar essa mensagem e a minha experiência do luto, que não é fácil, que espero que muitas pessoas ouçam, escutem, se mobilizem, se unam para que outras pessoas não cometam esse ato. Falar sobre o problema é também prevenir”, disse Leidinalva Evangelista.

“Não ache que você pode sozinho, porque a morte por suicídio não é uma morte natural é uma tragédia, um trauma e ninguém consegue sozinho, a gente precisa ser apoiado”, afirmou Késia Mesquita.

O evento contou ainda com a palestra da psicóloga clínica Vivian Zicker (MG), secretária no Brasil da Associação de Suicidologia da América Latina e Caribe e da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção de Suicídio. Para ela, falar sobre o suicídio é quebrar o silencio e fazer com que as pessoas tenham mais informação e busquem ajuda, além de cobrar do Governo as medidas de saúde pública necessárias.

Mais notícias