OAB-PI e SESAPI discutem Plano de Ações voltados à prevenção do suicídio

A Comissão de Promoção da Cidadania da OAB, Seccional Piauí, esteve nesta quinta-feira (13) reunida com profissionais da Secretaria de Estado da Saúde para discutir o Plano de Ação Estadual de Prevenção ao Suicídio, a fim de montar um cronograma de atividades e ações para 2017, articular novas parcerias e levantar principais problemáticas.

No mundo, a cada 40 segundos alguém tira sua própria vida. No Brasil, são 30 pessoas por dia. O Piauí, no período de 2010 a 2014, apresentou taxa bruta de mortalidade superior a do Brasil e do Nordeste, tendo uma tendência de crescimento. A cada 100 mil habitantes, como é padronizada a estatística, foram 7,6 mortes no Piauí, enquanto no Brasil é de 5,3 e no Nordeste 4,3. É no sexo masculino que se tem o maior percentual de mortes. A faixa etária mais emblemática está entre os 20 e 29 anos, com 365 óbitos, o que representa 23,4% no período de 2010 a 2016. Esses dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde em evento alusivo ao Setembro Amarelo, que levou como tema “Falar é a melhor solução”.

Baseado nesses indicadores objetivos, é que diversas organizações já se preparam para colocar o suicídio como uma demanda urgente para 2017. A presidente da Comissão de Promoção da Cidadania da OAB-PI, Nailma Freitas, diz que este ainda é um assunto que necessita romper com diversos paradigmas. “Um deles é a abordagem da mídia, que não pode se ausentar desse processo. Outra dificuldade sentida está no âmbito municipal, que precisa se juntar ao nosso rol de parcerias com urgência. Essa é uma temática que vem assolando todo o Estado. É preciso articular os três poderes, a fim de buscar a melhor forma para a saída das soluções”, disse a advogada.

Na ocasião, o secretário estadual de saúde, Francisco Costa, falou sobre a importância da Ordem nessas articulações. “Estamos construindo esse Plano de Ação e a entrada da Ordem nesse processo foi de extrema importância. Essas ações vão desde estruturação nos municípios, com as equipes de atenção primária de saúde (CAPS), a reestruturação da rede hospitalar com a instalação de leitos psiquiátricos nas redes estaduais e municipais, para que possamos criar uma rede funcional para o paciente com ideação suicida, a fim de evitar a culminância do mesmo”, disse o secretário, afirmando que a entrada do paciente no segmento hospitalar correto é uma das principais dificuldades na prevenção.

Também participaram da reunião a diretora técnica do Hospital Areolino de Abreu, Krieger Olinda; a gerente de Saúde Mental da SESAPI, Tammya Ribeiro; e a Coordenação de Vigilância Epidemiológica da SESAPI.

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