OAB-PI PARTICIPA DE SEMINÁRIO SOBRE TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO

  Data e Hora: 18/09/2016 22:09:21

A Comissão de Direito do Trabalho da OAB-PI participou nesta sexta feira (16) do VI Seminário Piauiense de Trabalho Seguro, que aconteceu dentro da programação da VII Semana de Formação Continuada da 22ª região, realizada pela Escola Judicial do Tribunal do Trabalho do Piauí (EJUD). Este ano o Seminário teve como temática os “Transtornos mentais relacionados ao trabalho”.

O seminário contou com os palestrantes Francisco Meton Marques, desembargador do TRT 22ª região; Marco Antônio Perez, diretor de políticas públicas de saúde e segurança ocupacional da Secretaria de Políticas de Previdência Social, vinculada ao Ministério da Fazenda; Jean Kennedy Lustosa, psicólogo e assistente regional de recursos humanos da Caixa Econômica Federal e Roberto Veras, médico e perito judicial.

O presidente da Comissão de Direito do Trabalho, Elmano Lacerda, disse que o evento, estando em sua sétima edição, é muito importante, uma vez que levanta questões sobre cuidados no ambiente do trabalho no novo momento que vivemos, principalmente com a mulher. “É essencial se preocupar, acima de tudo, com a vida e a saúde do trabalhador. Esse é um evento que profissionais e estudantes devem participar, devido a grandiosidade dos temas apresentados que influenciam diretamente na vida de cada pessoa, especialmente do trabalhador”, disse o presidente da comissão durante o evento.

Na ocasião, foi apresentada uma pesquisa realizada pela Secretaria de Previdência Social, feita no decênio 2004 a 2013, onde evidencia-se que houve um aumento do emprego formal até 2013, que contemplou mais mulheres que homens. Dessa forma, Marco Antônio Perez afirmou que “as causas de afastamento do trabalho entre homens e mulheres tem se dado de forma diferente. Entre os homens ainda prevalece causas traumáticas, embora o transtorno mental esteja subindo entre homens também, mas entre as mulheres prevalece as causas de transtornos mentais e causas ósseo musculares”, explicou.

O diretor de políticas públicas de saúde da Secretaria de Políticas de Previdência Social colocou ainda que há entre as mulheres uma epidemia LER (Lesão por esforço repetitivo) que em dez anos subiu 172%, e os transtornos mentais (SID-F), subiu 26% para as pessoas do sexo feminino e 30% para as do sexo masculino.

Para ele, isso significa que as posições no trabalho são diferentes, os homens estão sujeitos a ter acidentes traumáticos e as mulheres estão se expondo à sobrecarga mental. “É uma tragédia nacional velada e pouquíssimo divulgada. O Estado e os empregadores brasileiros tem que tomar atitudes, reconhecendo esses riscos ao alocar o trabalhador em seu ambiente de trabalho, levando em consideração os riscos diferenciados entre trabalhadores e trabalhadoras”, finalizou.

O psicólogo Jean Kennedy Lustosa, afirmou que esses conflitos mentais e internos se expressam no corpo geralmente quando vivenciamos algo dramático que se repete por um longo período de tempo ou quando se vive no isolamento, ou seja, não falamos sobre esse conflito e consequentemente não se encontra a solução. Jean diz que isso é muito comum no ambiente de trabalho. “Em toda situação de conflito é de vital importância expressar, por meio da palavra falada o que pensamos e sentimos, visto que muitas doenças começam no silêncio”, alertou.


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